Como contribuir para o mundo que eu sonho durante as férias?

Como contribuir para o mundo que eu sonho durante as férias?


Se você, assim como nós, é do time que se preocupa com os impactos que gera para o meio ambiente, para a sociedade e para a economia, esse post foi feito para você.


Talvez, você nunca tenha parado para pensar sobre os impactos que os produtos e os serviços que você consome podem ser bons ou ruins. Isso porque a produção de um produto ou a prestação de um serviço podem ou não contribuir para um mundo mais justo e sustentável para as gerações de hoje e do futuro.


Para você ver como algumas pequenas mudanças e questionamentos fazem diferença no nosso consumo, a equipe da UIKA trouxe 5 dicas sobre como tirar férias e ainda contribuir para o mundo que sonhamos.


1. Seja aberto e respeitoso com outras culturas



Vá com a mente aberta e no modo escuta ativa. Essas são as únicas maneiras de você aprender algo novo em outra cultura. Nem tudo se trata do que você acha a respeito ou acredita. Se desconstrua! Descolonize-se! Mas, respeite seu tempo e seus limites, quebra de pré-concepções nem sempre são fáceis quando acontecem.


Aqui vão algumas dicas para você evitar cometer alguma gafe:


- Quando você se referir a algum acontecimento histórico da população negra no Brasil, não use o termo "escravos", o correto é "escravizados", até porque ser escravo era uma condição imposta, não uma decisão;


- Mude o termo "índio" para "indígena" e se souber a etnia do povo, use-a. Assim, você não tratará diferentes culturas, histórias, crenças e povos como um só;


- Quando for se referir a época das navegações portuguesas e espanholas no Brasil, esqueça o termo "descoberto", o Brasil na verdade foi invadido, pois já existiam diferentes povos originários habitando o território;


- O termo "tribo" também não cabe mais nos dias de hoje, isso porque ele remete a povos primitivos, ou que seriam atrasados numa suposta linha evolutiva. O correto é utilizar o termo "aldeia" ou "comunidade" e caso você saiba, cite o nome da etnia também.


A gente promete que vai preparar um post especial para tratar mais desses termos e expressões que não cabem mais nos dias de hoje.


2. Apoie negócios locais



Escolher serviços e produtos de negócios locais contribui diretamente para o desenvolvimento de um comércio mais justo e uma melhora na infraestrutura do destino, por permitir que o dinheiro circule na região. Olha só esse exemplo, quando você compra a farinha, a cachaça de jambu, as pimentas e o tucupi na feirinha do centro da cidade ou até do seu bairro, está ajudando essa empresa a se tornar mais lucrativa. Com uma feirinha mais lucrativa, os empreendedores podem contratar mais funcionários e consequentemente geram empregos para a economia local. Isso gera uma economia circular, pois a compra local se transforma em um investimento direto na região.


3. Opte por hospedagens responsáveis



Pessoalmente somos fãs de hospedagens em que os donos e a mão de obra são locais e isso por si só pode ser uma experiência incrível, sabe por quê? Você sabe que pode ficar em um hotel super descolado, com acesso a todos os serviços que um hotel pode oferecer, seja com aquela caminha fofinha de hotel e o serviço de quarto chegando a sua porta. Quem nunca sonhou com isso?


Mas, existem outras possibilidades de hospedagem que te encantam com outros aspectos, como por exemplo, poder se hospedar na casa de uma família indígena ou ribeirinha e vivenciar de perto o dia a dia dessas pessoas, seja fazendo o almoço, cuidando das crianças, tendo momentos de lazer e podendo conversar diretamente com elas sobre suas histórias, cultura ou até mesmo sobre como é ter a maior floresta do mundo no quintal de casa.


As hospedagens comunitárias, os serviços de cama e café ou ainda outros tipos de hospedagem pelo mundo podem também gerar impacto positivo durante a sua viagem pensando soluções que minimizem o impacto no meio ambiente, seja destinando corretamente os resíduos sólidos e efluentes, se preocupando em como reduzir o consumo de energia, o desperdício de água ou até a redução de produção de carbono nas atividades realizadas pela hospedagem e também sua neutralização. Isso sem falar do preparo de refeições com produtos da estação, que podem inclusive ser produzidos por pequenos agricultores locais. Não faltam opções para que a sua hospedagem em um destino seja mais responsável e você já sabe disso agora.


4. Escolha meios de transporte compartilháveis, coletivos ou com menor pegada de carbono



A chave para ser mais consciente na hora de definir os meios de transporte que você deve usar durante a sua viagem é que você deve optar pelas alternativas menos poluentes. A gente ajuda você entender.


Se tratando de voos opte se puder, por voos diretos, isso reduz sua pegada de carbono e também a quantidade de vapor de água e óxido nitroso que são liberados durante a queima de combustível em grandes altitudes na atmosfera, onde o impacto é ainda maior devido a reações químicas. Segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) estima-se que o impacto da aviação nas mudanças climáticas é de dois a quatro vezes maior do que o efeito simplesmente de suas emissões de CO2.


Outras maneiras de reduzir sua emissão de carbono durante os voos é levar pouca bagagem, pois quanto mais pesado o avião, mais combustível será necessário. Você também pode considerar pagar a mais para compensar algumas de suas emissões. O dinheiro extra para as companhias aéreas é usado em projetos que absorvem as emissões da atmosfera, como o plantio de árvores.


Ainda há uma outra dica super interessante, que até mesmo para nós é inusitada, a escolha do seu assento influencia diretamente na quantidade de emissão de gases. Você consegue imaginar o motivo? Segundo um estudo do Banco Mundial de 2013, feito por Heinrich Bofinger e Jon Strand, se você voa em classe executiva ou na primeira classe, você é responsável por pelo menos três vezes mais emissões de gases de efeito estufa do que às que você "emitiria" se viajasse em classe econômica. Na seção econômica há mais assentos, logo mais passageiros podem ser transportados com o mesmo combustível.


Tá legal, mas e quanto aos demais meios de transportes? Opte por opções compartilháveis e coletivas, como van, metrô, ônibus e os serviços de corrida em aplicativos, como Uber, Buser, 99 e Lady Driver, por exemplo. Ahh, e se falando de Amazônia, onde a maior parte da nossa locomoção se dá por vias fluviais, você pode optar por barcos recreio, lanchas fretadas de pequeno porte compartilhada com outros grupos ou viajantes e também expressos (lanchas para uma capacidade maior de passageiros, com um motor super potente e muito mais confortável). Os barcos inclusive são uma excelente dica para você substituir os voos entre Manaus, Santarém, Belém, Parintins e São Gabriel da Cachoeira.


5. Por mais experiências autênticas



Como assim experiências autênticas? Vem cá, que a gente te explica. Aquele negócio de fazer passeios bate-volta, com pouca profundidade, pouco conhecimento compartilhado e com pouca atenção para a valorização da história, da cultura, da gastronomia e do próprio morador local, já está muito ultrapassado, sabe por quê? Porque antigamente acreditava-se que apenas olhar os lugares e ter registro fotográficos disso já bastava. Claro, alguns viajantes sempre procuraram por roteiros fora do turismo de massa e que permitissem vivenciar o estilo de vida e a cultura local. Mas agora, esse apelo é um pouco diferente.


Hoje, existe uma preocupação com os impactos gerados ao meio ambiente, a cultura, a economia local e às pessoas que vivem na região e por isso surgem as "experiências", que possuem o propósito de conectar o viajante com o que é autêntico no destino, já implementando ações que maximizem o impacto positivo e minimizem o negativo.


É aqui que a UIKA atua. Nessa ponte entre todos esses atores locais e os viajantes. Desenvolvendo e co-criando turismo de experiência e turismo responsável com populações tradicionais e empreendedores da economia criativa na Amazônia em prol da floresta valer mais em pé.


A ideia em escrever esse post, com alternativas mais sustentáveis para quem vai viajar, partiu de uma frase muito conhecida de Mahatma Gandhi, que já dizia, "seja a mudança que você quer ver no mundo" e a equipe da UIKA te pergunta, por que não ser a mudança que a gente quer para o mundo durante as viagens também, não é mesmo?



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